MACONARIA - A DESCOBERTA DE UM MUNDO MISTERIOSO

Sinopse

A presença da Maçonaria na história universal é indiscutível, apesar de ela ter sempre estado envolta em muitos mistérios e segredos. Antes de 24 de junho 1717, no entanto, falar nessa Ordem é se deparar com especulações, teorias de todo tipo e muitas lendas. Mas por que 24 de junho de 1717? Porque essa é a data em que a instituição nasceu oficialmente, criada durante a festa de São João Batista, em Londres, quando foi constituída a Grande Loja Mãe do Mundo, ou seja, a Maçonaria em sua concepção moderna.O livro Maçonaria, da Editora Globo, organizado por Angela Cerinotti, veio para esclarecer muitos dos equívocos e deturpações a respeito dessa Ordem histórica. Começa por explicar ao leitor, com auxílio de inúmeras ilustrações, o que são lojas maçônicas, como se formaram e com que finalidade, por que adotaram o termo maçom (do francês maçon, que significa pedreiro) e que relações existiram entre as ideologias dominantes e o modo como a Maçonaria se propagou pelo mundo, principalmente do século XVIII em diante.A história da Maçonaria antes de sua criação oficial em 1717 é tema dos capítulos iniciais do livro, em que são apresentadas várias teorias sobre suas origens - muitas delas fantasiosas, alerta o texto - e que a situam ainda na Antiguidade, passando depois pela Idade Média, sua relação com as cruzadas, os templários e a Ordem Rosa-Cruz, até chegar a seu berço moderno, na Inglaterra.Das ilhas britânicas para além do Canal da Mancha, em especial da França para o mundo todo, a rápida expansão da Maçonaria a partir do Iluminismo é assunto de maior destaque do livro, com capítulos que relacionam sua influência sobre as artes, as idéias e as ciências, assim como sobre os rumos da política, com a adesão às idéias e rituais maçônicos de reis, nobres, militares, religiosos, intelectuais, revolucionários e demais líderes. Napoleão, Voltaire, Diderot, Mozart, Garibaldi, Roosevelt, entre muito outros, são alguns dos maçons que recebem atenção especial do livro. Maçonaria traz ainda detalhes sobre as relações da Ordem com o Estado e a Igreja, com os movimentos de revolucionários e de unificação da Europa, com o Socialismo e o Comunismo, o Fascismo e o Nazismo, muitos deles reforçados por documentos e depoimentos históricos. O capítulo "Maçonaria no mundo" faz um apanhado da sua presença hoje em vários países, incluindo o Brasil, onde se estima existir atualmente 120 mil membros, a maioria ligada à loja Grande Oriente do Brasil.As finalidades, os rituais e a simbologia maçônica são assunto dos últimos capítulos, onde é explicado que a Maçonaria busca a evolução espiritual do indivíduo e a solidariedade coletiva, identificando ainda duas grandes correntes maçônicas na história: uma baseada no cristianismo não-dogmático, na razão e na força do pensamento como meios de elevação do homem, e outra, voltada para o espiritualismo, a tradição esotérica e o elitismo. Relacionada à sabedoria proporcionada pela arte da construção, uma especialidade dominada pelos pedreiros-livres (free-mason ou franc-mason), os entalhadores de pedra, espécie de elite profissional de uma época em que a Maçonaria apenas se delineava, o livro explica que foi daí que a Ordem tirou muitos de seus princípios, como o corporativismo, a valorização do trabalho e do conhecimento, além da simbologia que dá destaque à pedra, ao fio e ao prumo de chumbo dos pedreiros, ao compasso, às ferramentas e às formas geométricas desde sempre utilizadas como símbolos maçons por excelência.